"Mães precoces de um filho não programado, além de nem sempre estarem totalmente preparadas para educá-los, acabam muitas vezes tendo sua própria formação afetada, com prejuizos para ambos"
" O dia 26 de setembro é dedicado a uma série de ações para prevenção, ou pelo menos reduzir a gravidez na adolecência. Este dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência é mais uma oportunidade para a busca de soluções para o drama enfrentado por um número cada vez mais elevado de meninas que, antes mesmo de atingirem sua maturidade física e emocional, já se veem às voltas com um filho que, muitas vezes, não têm condições psicológicas nem financeiras para criar. A saída para evitar que continuem a serem geradas tantas crianças não planejadas e muitas vezes indesejadas é apostar em mais educação e em maior conscientização sobre a importância de prevenção e da paternidade responsável.
Por mais que possa contar com apoio psicológico do pai da criança e de seus próprios pais, a adolescênte raramente escapa de crises e conflitos quando engravida. Mães precoces de um filho não programado, além de nem sempre estarem totalmente preparadas para educá-los, acabam muitas vezes tendo sua própria formação afetada, com prejuizos para ambos. No Brasil, onde o Ensino Médio já enfrenta índices elevados de evasão, por diferentes razões, esse acaba se impondo como mais um motivo para a reduzida média de anos de escola da população. Outra consequência preocupante da gravidez precoce é o elevado número de meninas que, por não quererem ter a criança, ou pelo fato de até mesmo serem expulsas de casa pelos pais, acabam recorrendo a soluções radicais, como o aborto, colocando muitas vezes em risco a própria vida.
Famílias estruturadas, que privilegiam o diálogo e têm consciência da importância da informação e do ensino, constumam ser o caminho natural para evitar índices elevados de gravidez entre jovens. Quando essas condições não são as ideais, crece a responsabilidade da escola de encontrar a linguagem certa para orientar a juventude sobre a responsabilidade de cada um nos relacionamentos amorosos, sobre a importância do uso correto de métodos contraceptíveis e sobre o momento mais adequado para constituir uma família e planejar filhos. (Texto extraido de ZH, editorial, "Combinação delicada",pag.18,26/09.2010)
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